sábado, 21 de maio de 2016

APS: Sondagem e aplicação de estratégias de leitura

APS: Sondagem e aplicação de estratégias de leitura

Resumo
O leitor escolhido pelo nosso grupo foi o aluno Daniel Franção Stanchi, do curso de Letras da UNIP. Observamos que o objetivo de sua leitura está relacionado à busca de aprofundar seu conhecimento do mundo e da complexidade do ser humano. Ele  busca ler não só por entretenimento ou prazer, mas a leitura para ele tem um sentido de expansão de si como pessoa e também verificamos que o leitor faz uso da leitura como um elemento fundamental na sua profissão: Daniel trabalho como psicólogo e psicanalista e assinala que a leitura é uma grande auxiliadora, na medida em que, por meio da literatura é possível adentrar a complexidade do ser humano, a relação entre homem e cultura, os meandros das relações interpessoais, entre outras características.
Uma das estratégias utilizadas por Daniel diz respeito à predição, pois verificamos que ele já possuía algum conhecimento e expectativa do livro antes de lê-lo. O livro escolhido por Daniel foi a novela A morte de Ivan Ilitch, escrita pelo escritor russo Liev Tolstói. Daniel já era leitor de algumas obras deste grande autor da literatura russa, entre eles os romances Guerra e Paz e Anna Karienina. Deste modo, ele já podia intuir alguns aspectos estilísticos e temáticos da novela acima citada. Este aspecto tem grande importância na qualidade da experiência de leitura. O leitor utiliza o princípio da Canonicidade, pois já tinha um conhecimento prévio do material que iria ler. Nesta experiência, verificamos que o leitor apresenta uma experiência de tipo descendente, a experiência é feita de cima para baixo, ou seja, o leitor já chega na leitura com uma expectativa anterior a este encontro.


Estratégias de Leitura
Há dois tipos de estratégias de leitura: a cognitiva e a metacognitiva. Esta está delimitada pela vontade consciente do leitor e aquela está relacionada à dimensão inconsciente da experiência de leitura.
Como vimos anteriormente, no caso das estratégias de leitura de Daniel, vimos como uma delas diz respeito a sua possibilidade de predição: o leitor intui se o livro escolhi do poderá responder ou não às suas expectativas de leitura. Em outras palavras, há no leitor uma busca por algo, quando ele se dirige ao livro. Há também estratégias de auto monitoramento e autocorreção, ou seja, o leitor fica atento se suas hipóteses como leitor vão sendo respondidas durante o processo de leitura. Trata-se de um processo que pode acontecer tanto em nível consciente ou inconsciente. Nem sempre as expectativas que o leitor possui são conscientemente claras para ele. Podem surgir elementos, durante o processo de leitura que o leitor desconhecia (conscientemente) quando escolheu por este ou aquele livro.  Todos esses aspectos foram nos mostrando como é complexa a experiência de leitura. Trata-se, em outras palavras, de uma experiência na qual ocorre uma troca entre o mundo do leitor e o horizonte que a obra apresenta.


Sondagem
Realizamos uma entrevista com o leitor Daniel Franção Stanchi e ele nos revelou que seus interesses por leitura são bastante variados. Ele tem interesse pela leitura dos clássicos da literatura universal, poesia, psicanálise, critica literária, filosofia, entre outras.
Verificação das estratégias cognitivas
Os aspectos que chamam a atenção do nosso leitor dizem respeito ao percurso literário do autor das obras, a maneira como o autor apresenta os personagens  e a visão poética presente na concepção literária que o escritor expressa nas obras. Como dissermos acima, para o leitor Daniel a experiência de leitura precisa ofertar um contato que possa expandir sua compressão da condição humana, de seu próprio mundo e das relações interpessoais. 
O livro escolhido para análise foi a novela A morte de Ivan Ilitch, escrita por Liev Tolstói




Aplicação das estratégias metacognitivas

O leitor nos contou de sua admiração pelo grande escritor russo Lev Tolstói. Ao ler outras obras do autor, Daniel ficou curioso por saber qual seria o modo que Tolstói utilizaria para tratar da questão da morte, sendo que esta palavra aparece de antemão no título do livro. Neste sentido, Daniel já possui um conhecimento prévio do que seria abordado na obra, o que permitiu que ele levantasse hipóteses que serviram também como elementos motivacionais na direção da leitura.
Daniel também menciona que considera a questão da morte uma das grandes preocupações da humanidade, questão abordada de diferentes formas em todos os grandes livros da literatura universal. Neste sentido, na leitura do livro aqui abordado, o leitor fez também uso de seu conhecimento de mundo e de seu conhecimento prévio no encontro com a leitura.

Expectativa ou criação de hipóteses antes da leitura


Entrevistador: você procura ler os livros por prazer?

Entrevistado: sim, mas não só. O aspecto prazeroso da leitura é inegável e muito importante. Um livro que não possibilita uma experiência minimamente prazerosa tende a ser desmotivador. Porém, não é só por prazer que procuro o livro, mas para mim é fundamental poder viver uma experiência transformadora ao fazer a leitura. Busco expandir-me como ser humano durante a leitura.

Entrevistador: quando você tem um objetivo de leitura, como você faz?
Entrevistado: busco conhecer um pouco do autor, da época em que ele viveu, as outras obras que ele escreveu antes e depois daquela que pretendo ler e busco também saber em que momento da sua vida o escritor realizou a obra que lerei.

Expectativa ou criação de hipótese durante a leitura

Entrevistador: durante a leitura, você manteve seu interesse pelo livro A morte de Ivan Ilitch?

Entrevistado: sim, e muito. É um livro relativamente pequeno perto dos outros romances do autor russo, mas o nível de profundidade e complexidade é o mesmo. Adorei. Para mim, trata-se de um dos melhores livros da história da literatura universal, sem exageros.


Objetivos da leitura
Vimos como a leitura para Daniel está relacionada a sua busca por uma formação humanística ampla e aprofundada. Para ele, a leitura está longe de ser uma atividade apenas de distração e lazer.


Ruptura da estratégia cognitiva
Demos ao leitor Daniel dois capítulos do livro Amor e Verdade do autor Chico Xavier e observamos que o leitor não manteve interesse pela obra. Primeiramente, pois não acredita na perspectiva do autor, o que leva o leitor a não estabelecer pontes motivacionais com o livro. A temática espirita não agrada este leitor, de modo que ele não consegue se identificar com o tema do livro.


Tipo de leitor


Trata-se, como verificamos, de um leitor de tipo descendente. Ele vai à leitura movido por uma expectativa e por objetivos pré-definidos ao encontro com a obra, mas que podem se expandir no encontro com ela. 

Daniel Franção Stanchi - RA: T75479-8
Maria Cecília de C. T. M. Macedo RA: C51AJD-3
Karoliny Medeiros Brandão RA: D07HIF-0
Osama Fouad Toma RA: C93ECI-8

Reinaldo Siqueira de Souza RA: C9444A-5
Maria Creusa da Silva RA: C93IDG-4
Sara Severo da Silva RA: 629169-4

domingo, 8 de maio de 2016

Princípio da Canonicidade e Regra de Linearidade

Princípio da Canonicidade: Regra de Linearidade


Os textos implicam em diversas teorias, que extrapolam a dimensão consciente de compreensão do leitor. A dimensão consciente diz respeito às possibilidades diretamente disponíveis ao leitor no contato com o texto, diz respeito aos conteúdos psíquicos que o leitor acessa e põe em jogo durante a leitura.

No entanto, a dimensão consciente é apenas uma das dimensões emocionais que surgem na relação do leitor com o texto. Há também a dimensão inconsciente da experiência de leitura, na qual esta desperta naqueles conteúdos emocionais profundos, para além da dimensão consciente, como memórias e afetos da história pessoal do leitor.

Os textos implicam em uma ordem natural, o princípio da canonicidade fala muito sobre essa ordem.

Quando falamos sobre ordem natural, temos muitos sentidos. Ordem implica em um começo, um meio, um fim, ou um fato e uma consequência. No caso, fala-se de linguagem, portanto vamos deixar mais específico tal explicação.

O princípio da canonicidade está ligado à uma regra de linearidade, uma linha, um raciocínio a ser seguido, ou seja, pode-se falar em uma ordem canônica. Uma ordem que apresentam eventos e depois uma sequência e consequências de tais eventos iniciais. 

Essa regra de linearidade tem uma maneira certa para acontecer, e, muitas vezes se ela não for seguida, como por exemplo uma confusão de coerências, o leitor pode se confundir, pois aí a leitura se apresenta muito complexa. Essa leitura seria complexa se misturasse fato e sua consequência, numa mesma frase, sem seguir apenas a forma inicial e final, como se fosse e voltasse.

Como por exemplo: O leitor estabelece uma leitura pessoal com o texto, constituindo sentidos a partir do que lhe é apresentado. Se a linguagem do texto não é clara, apresentado os elementos necessários e coerentes para a compreensão do leitor, este não tem a possibilidade de criar o texto dando à leitura um sentido de linearidade.          


Integrantes do grupo:

Daniel Franção Stanchi - RA: T75479-8
Maria Cecília de C. T. M. Macedo RA: C51AJD-3
Karoliny Medeiros Brandão RA: D07HIF-0
Osama Fouad Toma RA: C93ECI-8

Reinaldo Siqueira de Souza RA: C9444A-5
Maria Creusa da Silva RA: C93IDG-4
Sara Severo da Silva RA: 629169-4

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Apresentação do Blog

Blog criado pelos alunos de Letras licenciatura Português/Inglês da UNIP (Universidade Paulista) para postagem do conteúdo acadêmico relativos a disciplina de APS- Atividades Práticas Supervisionadas. O tema abordado será: Sondagem e aplicação de estratégias de leitura.

Vamos "Unipzar" as Teorias!